O papel em branco
Não mais aflige a caneta
De carga cheia.
Quanto à tela vazia,
Essa sim incomoda
O cursor que pisca.
Recolheste sozinho
Ao fone do
“ipod”
Recolheste a ti
Toda a música
Que o mundo tem
Procuraste pelo ônibus
Uma poltrona individual
Foges sem saber
Do elevador social
Intriga-se ao perceber
Tal atitude, tal fúria
Até certo prazer
Às vezes amargura
Homem urbano egoísta
Egometa, egocêntrico
Não importa a conquista
No final descontente