Colibri


Entrou pela janela, um beija-flor
Inquieto, assoviou ao meu lado
Trazia prenúncio de um novo amor
E certeza de dias apaixonados

Rápido, gracioso, seguiu viagem
Bateu asas, saiu sem discrição
Talvez levasse outra mensagem
Dessas que alegram o coração

Paixões são sempre assim
Inesperadas, aparecem do nada
Às vezes têm triste fim
Às vezes, uma história encantada

Mas a pequena ave voltou
Com uma notícia um tanto incerta
“O estado afetivo acabou”
Meio sem fala avisei:
_ Vou deixar a janela aberta!