Os causos do “Taíde”: Pedralvo Chaves

A experiência milenar diz: "Rir é o melhor remédio". E também: "Feliz quem faz alguém feliz". Como é bom conviver com seres humanos que só amenizam o nosso viver.

Lá pelas bandas do Córrego do Figueira viveu Pedralvo Lopes Chaves ou simplesmente Pedralvo. Sorridente, espanéfico, hiper comunicativo e porque não dizer apreciava demais um rabo de saia. Em uma certa ocasião o Pedralvo foi a São João Evangelista juntamente com Álvaro Pereira, Zé Ruivo e seu Raimundo Barroso, como sempre esse quarteto não deixava de ir à região alegre da cidade, a zona boêmia.

Chegaram, belas meninas, música ao vivo, mancebos elegantes e Pedralvo loco enamorou-se de uma cachôpa; morena, pele sedosa, cabelos encaracolados, lábios cor de mel. Olhos nos olhos, já de mãos dadas, quando já se preparavam para uma romance mais íntimo, seus colegas o alertaram: Pedralvo, daqui na Coluna é longe, as estradas estão péssimas e o tempo duvidoso, seja rápido. A mocinha disse: perai! Ocê é o Pedralvo? Sim. Quantos Pedralvos tem em Coluna? Só eu. Sua esposa chama-se dona Negrinha? É. Então você é meu padrinho de Batismo. Ocê é filha de quem menina? Sou filha de fulano de tal que mora no São Pedro Itimirim, depois do Zeca Gonçalves perto da Emilistrina do João Pereira! Menina, menina, ocê é minha afilhada, deixa eu cair fora antes de fazer mais besteira. Até a volta.

A menina pegou a mão do Pedralvo bejou-a e disse: bença, meu padrinho, dê lembranças a minha madrinha!

Ele chamou os colegas, vamos turma, por nada que eu faço mais uma cachorrada. Se for me confessar com o Padre Sady e contar esse episódio, ele irá mandar eu rezar 300 pai nosso e 300 ave marias. Discunjuro!

Os causos de “Taíde” / O Caminho, ano I-Edição 05 - Pág.:04-Coluna/MG - Junho de 2009