Da Escuridão à Luz

Sob véus de ébano, a noite se desvela,

Em manto negro, o mundo se consome,

A alma em agonia, em busca daquela

Paz que no vento, apenas se some.


Nas trevas espessas, um eco lamenta,

Um murmúrio triste, em busca de alívio,

A solidão aperta, a dor atormenta,

Na vastidão noturna, em frágil fio.


Mas eis que a aurora, em esplendor desponta,

Com seus raios dourados, a terra banha,

Desfaz as sombras, a noite se pronta,

E desperta a esperança que se estranha.


Em tons de ouro, o mundo renasce e brilha,

A alma, em paz, na aurora se tranquila,

Celebra a vida com vigor que cintila,

Na eterna dança que o dia instila.