Ser vertebrado respira por guelras
Sistema sensorial, diferentes células
Cores intensas, padrão fusiforme
Barbatanas longas, não sei quando dorme
Eu tenho um bem ali
Naquela cultura aquática
Naquele bojo minúsculo
Que lhe faz perder a prática
Esquecido se torna incógnito
Na sua gota oceânica
No seu ambiente insólito
De uma vida nem monogâmic
De Drummond a Neruda
Fiquei pensando num poema que a caneta não quis escrever
Tomei então este verso emprestado do poeta e resolvi deixar a tinta escorregar pelas linhas, ora calma, ora indecisa e muitas vezes, desatinada, sem destino.
E o tecido que se forma no papel borda as memórias que são como vento de outono, carregando folhas bailarinas...
A lembrança foge e brinca com nossos sonhos e desejos de infância.
Nosso tempo está além das montanhas da Coluninha, à léguas de nós que vagamos sem parar na estrada do sem fim.
“Saudade é sentir que existe o que não existe mais..."
Adelina Correia.De Drummond a Neruda/
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